quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Avicultura – finalmente, chegam as aves.



Após um longo trabalho para cumprir a todos os requisitos legais para a criação de aves, finalmente, no último dia 19, chegou o primeiro lote de poedeiras EMBRAPA 051, adquiridas da Avícola Gramado. O lote é formado por 325 aves, com 25 dias de idade.

Vacinação - Imediatamente à chegada as aves foram vacinadas contra newcastle, bronquite e gumboro. As vacinas foram doadas pela COSULATI – Cooperativa de Sul-Rio-Grandense de Laticínios e foram aplicada por Lilian Kurz Alves, bolsista da EMBRAPA – Clima Temperado. Esta primeira imunização das aves foi feita tendo, também, o propósito de capacitar as integrantes do Projeto para realizar essa atividade, que deve se repetir várias vezes durante a vida útil do lote.
Alimentação - A alimentação das aves também está sendo orientado pelo pesquisador João Pedro Zabaleta, da EMBRAPA. A opção do Projeto foi a de adquirir os insumos, triturá-los e misturá-los no local, ao invés de adquirir ração pronta. Esta opção dá maior garantia sobre a qualidade da ração. Para que isso fosse possível foi encomendado a Metalúrgica Torchelsen Bassi Ltda - um dos parceiros da EMBRAPA para a promoção da Avicultura Colonial – o projeto e a construção de um triturador-misturador. Esta opção foi tomada por razão de economia e pelo fato de não terem sido encontrados no mercado equipamento que realizasse as duas operações (triturar e misturar), a um preço razoável.
  
Ovoscopia e classificação de ovos – Já visando a comercialização de ovos foram adquiridas, a mesma metalurgia um pequeno “aparelho” para realizar a ovoscopia e uma classificadora manual de ovos. A ovoscopia, que verifica eventuais defeitos em ovos, e a classificação são exigências para a comercialização de ovos.

As próximas etapas da atividade de produção de ovos será a construção de área para recepção, classificação e expedição de ovos e de uma composteira, exigências da área de inspeção de produção animal da Inspetoria Veterinária do Estado do Rio Grande do Sul e da Secretaria de Qualidade Ambiental da Prefeitura Municipal de Pelotas. Essas construções deverão estar prontas antes do início da postura.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Projeto inicia o cultivo de mirtilo

Seguindo o caminho da diversificação para culturas com melhor rentabilidade o Projeto Cerrito Alegre começa a cultivar mirtilo.
Trata-se de uma planta ainda pouco cultivada no Brasil, mas que tem mercado crescente. Segundo reportagem da Revista Globo Rural (http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1701143-4529,00.html) o mirtilo (Vaccinium sp.) plantado na América do Sul vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional, estimulado por suas características saudáveis. (...) Os brasileiros ainda não exploram todo o potencial dessa fruta, que é menor que a uva e da cor da jabuticaba, mas com sabor único. Como as demais frutas vermelhas, o mirtilo é ótima matéria-prima para a elaboração caseira de geleias, sucos, doces em pasta ou cristalizados, tortas e bolos, além de ser utilizado na indústria de polpas, frutas congeladas, iogurtes e sorvetes.

 Informa a reportagem que o interesse pelo mirtilo é promovido pelas grandes quantidades de vitaminas A e B que contém, substâncias que combatem os radicais livres, produzem ação anti-inflamatória, melhoram a circulação, reduzem o colesterol ruim e favorecem a saúde dos olhos. A fruta também é dotada de ácido elágico, substância que tem mostrado propriedades inibidoras contra a replicação do vírus HIV, transmissor da aids - síndrome da imunodeficiência adquirida, além de potente inibidor da indução química do câncer.

O início dessa cultura se tornou possível pela sensibilidade do produtor Carlos Gilberto Ribeiro Silva, detentor da marca Vitamilo Blueberry (http://www.vitamilo.com.br/). Sua propriedade localiza-se na Colônia Santa Rita, 5º Distrito de Pelotas. Carlos é um entusiasta dessa cultura e tem buscado estimular outros produtores a introduzi-la em suas propriedades, ampliando, com isso, a produção, reduzindo custos de comercialização e aumentando a competitividade da produção local.
Neste primeiro ano de implantação do mirtilo, Carlos fez a doação de 500 mudas, da variedade O’Neal. Se compradas no mercado, essas mudas custariam ao Projeto o valor de R$ 7.500,00. Além da doação, o produtor tem fornecido orientações técnicas quanto ao manejo da planta.
A vairedade O`Neal , conforme a EMBRAPA (http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mirtilo/SistemaProducaoMirtilo/descricao.htm)  é de maturação precoce, produzindo frutos grandes com boa firmeza, cicatriz, boa coloração da película e sabor. A planta é vigorosa, produtiva, semi ereta e de baixa necessidade em frio, cerca de 400 horas.
Segundo Carlos Gilberto Ribeiro Silva é possível doar 500 mudas ao ano, o que permitirá a ampliação da área plantada e as possibilidades de geração de renda para os sujeitos sociais que integram o Projeto Cerrito Alegre.
O grupo do Projeto está preparando a terra, após análise de solo realizada pela EMBRAPA, por solictação do Prof. Dr. Gilberto Loguércio Collares. O plantio deve ocorrer nos próximos dias.

Curso de Apicultura: manejo avançado

O Projeto Cerrito Alegre e seus parceiros (Escola Dona Maria Joaquina, Emater e Senar) estarão oferecendo a segunta atividade de formação em apicultura. Desta vez o curso versará sobre o manejo avançado, com vistas a aprofundar os conhecimentos dos integrantes do projeto e os demais apicultores participantes, como condição essencial para o sucesso na atividade.
O curso terá o seguinte conteúdo:

1. Manejo para Desenvolvimento de Enxames
Manejo de entressafra;
Redução de alvado;
Colocação de entre tampa;
Alimentação de subsistência;
Verificação de Doenças;
Limpeza de apiário;
Reformas nas caixas;
Preparo de material para primavera/verão

2. Manejo de Safra
Alimento estimulante;
Troca de favos;
Controle de enxameação – Zangões
Avaliação do potencial das rainhas;

3. Equalização dos enxames;

4. Colocação de melgueiras;

5. Coleta do mel;
cuidados: maturação, pilhagem, devolução das melgueiras

6. Processamento do mel
Higiene;
Desoperculação;
Centrifugação;
Decantação;
Envazamento;
Armazenagem;

7. Divisão de enxames.
Divisão simples;
Divisão mista;

8. Custos de produção

9. Comercialização

O curso está previsto, inicialmente, para os dias 16 a 18 de novembro de 2011. Caso essa data não se mostre viável, já estão previstos os dias 18 a 20/11 como alternativa, visto que, no final de semana é mais fácil compatibilizar agendas.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Produção de ovos: uma corrida com obstáculos e parcerias

Quando foi construído o aviário, iniciamos o trabalho de licenciamento para a aquisição das aves. A distância entre ter um aviário pronto e a comprar de aves é significativa.


As exigências são várias, todas postas na legislação que regula a produção de origem animal:


















1. Cadastro como produtor perante a Fazenda Estadual: como o Projeto Cerrito Alegre não tem personalidade jurídica, a alternativa foi designar uma integrante do Projeto como responsável perante esse órgão. Esse integrante teve que comprovar ter a posse da área onde está localizado o aviário. No caso, a posse, por cedência, é do Projeto Cerrito. Para resolver essa questão, mais uma vez, contamos com a sensibilidade do prof. Joaquim Alfredo Lhullier da Cunha que atestou a cedência e caracterizou a cooperativada Serlei Rech, como responsável pela área cedida. Resolvida a questão da posse da área, o processo foi encaminhado para análise, sendo deferida depois de vários esclarecimentos prestados junto a Secretaria Municipal de Gestão Financeira e Secretaria Estadual da Fazenda;

2. Licença de localização junto à Secretaria Municipal de Gestão Urbana, que foi obtida mediante justificativa específica;

3. Licenciamento ambiental para a atividade, junto a Secretaria Municipal de Qualidade Ambiental (SQA). Para obter esta licença foi necessário ter um Plano de Controle Ambiental que foi elaborado pelo prof. Gilberto Loguércio Collares, da Universidade Federal de Pelotas. Após visita in loco na área de fiscalização da SQA, a licença foi concedida;

4. Cadastro como produtor de ovos na Inspetoria Veterinária Estadual. Este registro, realizado no último dia 13 de setembro, permitirá o rastreamento para fins sanitários;

5. Construção de área para tratamento de resíduos. Trata-se de uma composteira onde será depositada a cama do aviário que, posteriormente, será utilizada na adubação da horta.

6. Construção de área de recepção, classificação e expedição de ovos. Em visita ao local técnicos da Inspetoria Veterinária Estadual e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural definiram as características da área a ser construída antes do início da produção.

7. Além disso é exigida a responsabilidade técnica pela produção, o que requer a prestação de serviços por um profissional de nível superior, questão este em vias de ser solucionada.

Nesse trabalho contamos com a sensibilidade e ajuda de muitas pessoas, sem que nenhuma delas, nessa ajuda, abrisse mão do rigoroso cumprimento de suas responsabilidades funcionais. Assim ocorreu nas Secretarias Municipais de Gestão Urbana, de Qualidade Ambiental e de Desenvolvimento Rural, na Inspetoria Veterinária e na Fazenda Estadual.

Hoje, as poedeiras foram compradas e o primeiro lote de 325 aves chegará ao aviário no dia 21 de setembro.


Prof. Joaquim Cunha, um grande parceiro do Projeto


Esta é uma vitória importante e um passo significativo na construção de um dos objetivos do Projeto Cerrito Alegre: gerar renda produzindo ovos orgânicos.


sábado, 13 de agosto de 2011

Escola, Projeto, EMATER e SENAR promovem curso de processamento de frutas

Nos dias 25,26 e 27 de julho de 2011 ocorreu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dona Maria Joaquina o Curso de Processamento de Frutas como resultado de um esforço conjunto da direção da Escola, do Projeto Cerrito Alegre e da EMATER/RS-ASCAR, em parceria com o SENAR-RS. É importante ressaltar que a iniciativa de solicitar esse curso partiu das funcionárias da Escola a partir do sucesso do Curso Básico de Apicultura, ministrado pelo Instrutor do SENAR-RS Júlio César Brião Camacho, em março/2011 na sede do Projeto Cerrito Alegre.


O Curso de Processamento de Frutas foi ministrado pela Instrutora do SENAR-RS Márcia da Silva Ritta, que com muita propriedade, abordou sobre todas as etapas da produção de doces desde a microbiologia e normas de higiene, passando pelos métodos de conservação, infra-estrutura e sanidade industrial. O grupo demonstrou satisfação, pois o curso foi desenvolvido de forma descontraída, alegre e empolgante. Diante do sucesso desses dois eventos o grupo já solicitou outros dois cursos, um de panificação, que já está agendado para fevereiro de 2012 e outro de Gestão Rural (com licença, vou à luta) dependendo ainda de acerto de datas.


Estiveram presentes no evento as senhoras Ana Madruga e Cloé Storck, representando a equipe diretiva da Escola Dona Maria Joaquina; o supervisor regional do SENAR-RS, senhor. Alcides Renato Braga Soares; o senhor Nilson Loeck, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pelotas; a senhora Rejane Jorge, representando a Secretaria de Desenvolvimento Rural; a senhora Loiva Pinz Medronha, Subprefeita do Cerrito Alegre e o chefe do Escritório Municipal da EMATER/RS ASCAR S sr. Francisco Antonio Arduin de Arruda e a extensionista em bem-estar social da EMATER/RS ASCAR Caroline Crochemore Velloso. Caroline esteve sempre presente no planejamento e execução dos cursos supra citados, demonstrando dedicação, pontualidade, muita competência e acima de tudo respeito pelos projetos e eventos de nossa Escola.
Texto e fotos: prof. Ari Teixeira



O Projeto como sala de aula

A parceria entre Projeto Cerrito Alegre e Escola Municipal E.F.Dona Maria Joaquina entra em nova fase, que é a inserção de novos atores. Nesse momento os alunos cooperativados Fabrício Gonçalves Oliveira e Gabriel Ridrigues Bürkle monitoram visitas das séries iniciais (1ª série e 3ª série ) e começam a passar os conhecimentos adquiridos no projeto para as novas gerações na intenção de despertar nessas crianças o gosto e o respeito pelas atividades ligadas a terra. 




O professor Ari Teixeira afirmou: esse procedimento tem duplo sentido, ambos positivos: primeiro, aumenta a auto-estima dos alunos-monitores, que se sentem valorizados ao assumirem o papel de quem transmite o conhecimento e, segundo, incentiva os mais novos a gostarem das atividades rurais, estimulando nessa nova geração de alunos o respeito pela escola e pelos professores que lhes proporcionam esse novo momento pedagógico.


 
A professora 3ª série, Iria Dettmann Cazare,  começa a utilizar os espaços do Projeto Cerrito Alegre para integrar teoria e prática. A professora Iria pretende trabalhar operações matemáticas, noções de espaço e educação ambiental.

Projeto Cerrito prepara-se para acolher alunos da 1º série

 As primeiras imagens mostram os alunos cooperativados da 7ª série Fabrício Gonçalves Oliveira e Gabriel Rodrigues Bürkle trabalhando na preparação de canteiros destinados às práticas com alunos da 1ª série da professora Fernanda (1ª série) Conforme cronograma, no segundo semestre serão inseridos no Projeto Cerrito Alegre turmas das séries inicias como forma de incentivos aos alunos e professores que desejam trabalhar sob a ótica da pedagogia de projetos. O objetivo dessa prática é despertar o interesse pelas atividade rural na mais tenra idade. A professora alfabetizadora utilizará a horta orgânica como um tema gerador para alfabetizar, para destacar a importância de consumirmos alimentos saudáveis e também para ensinar práticas de preservação das reservas naturais e o convívio harmonioso com o meio.